ALGUNS PENAMENTOS DE PAULO FREIRE
A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.
Paulo Freire
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Biografia de Paulo Freire
Introdução
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na
cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com
pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade,
a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Biografia
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22
anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do
Recife. Enquanto cursava a faculdade de direito, casou-se com a professora
primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco filhos e
começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com
uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire.
No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em contato com a alfabetização de adultos.
Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro.
Neste congresso, apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios
de alfabetização. De acordo com suas idéias, a alfabetização de adultos deve
estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o
adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e
atuante na vida social e política.
A partir de suas primeiras experiências no Rio
Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45
dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado
primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao
nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para
coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo
Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.Viveu no exílio no
Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação.
Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo
Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Em 1969, lecionou na
Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor
do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu
consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano,
que viviam na época um processo de independência.
No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
O educador apresentou uma síntese inovadora das
mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o
materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o
ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos
e militantes políticos. Retornou ao Brasil no
ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, escreveu
dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992)
e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Em 1989, durante a prefeitura
de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da
Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho,
começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África.
Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire
recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador
dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
Obras do educador Paulo Freire:
- A propósito de uma
administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
- Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
- Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
- Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
- Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
- A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
- A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
- Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
- Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
- Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
- À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
- Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
- Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
- Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
- Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001..
- Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
- Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
- Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
- Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
- A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
- A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
- Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
- Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
- Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
- À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
- Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
- Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
- Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
- Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001..